Desfile do Carnaval de 1989 em Penalva

Livro “Pequena História do Carnaval Penalvense” de Dr. Raimundo Balby

Estima-se que quase duas mil pessoas estiveram presentes à passarela do samba, naquela tarde ensolarada de  (5.fev.1989), domingo de carnaval. Eram 15h quando o vermeho, azul e branco, entrava na avenida: era o Beira-Mar pedindo passagem. Sem a presença do seu fundador e Guru, Adelman Jansen, a escola entrou na avenida apática e desmotivada. Não inovou em nada e daí o inquestionável quarto lugar. Pontualmente, às 16h, era a vez do Vocalista Tropical.Pertencente ao bairro da Prefeita, a humilde escola dos anos anteriores, desta vez entrava na avenida para disputar o título com as maiores.E não era para menos!…Com o apoio da família da Prefeita a escola usou da criatividade e conseguiu mostrar ao grande público um carnaval moderno e competitivo.O terceiro lugar conquistado não agradou os seus dirigentes que prometeram o revide para o próximo ano.Evoluindo por algumas ruas da cidade, enquanto aguardava a sua vez, o Pau D’água entrou na passarela às 17h. Comandado por Cláudio Serra e Fred Martins, a escola trazia no gogó um samba ecológico da autoria de seu Cláudio.A empolgação dos seus quase 90 figurantes parecia traduzir à certeza da vitória, afinal, estavam ali dias e noite de trabalho. Por tudo isso, a escola convenceu e levou para casa um honroso segundo lugar, que na avaliação de sua diretoria foi satisfatório.E finalmente, às 18h , com o sol se pondo, chegava a vez do tão esperado Magníficos do Samba. Realçando o verde e o amarelo, a escola entrava na avenida para esbanjar luxo, mulheres bonitas e um dos melhores sambas do carnaval de 89. Aquela altura, apesar da ameaça de chuva, a presença do público era maciça e empolgante, arredando o pé só mesmo depois que a escola encerrou a sua exibição na avenida.O primeiro lugar não poderia ser melhor recebido, pois, o público compactuou com o resultado do jurado repercutindo em toda cidade como merecido.

James Cunha.

– Jornal Penalva Edição Xl

-Publicado no Livro Pequena Continue lendo

Governadores do Estado do Maranhão nascidos em Penalva-MA

Penalva é um município brasileiro do Estado do Maranhão, com notáveis fatos ocorridos na vida do seu povo, necessários ao conhecimento escolar, na melhor forma didática e pedagógica de ensino. Conta-se, em sua história republicana, com dois filhos que chegaram ao governo do Estado. Esta narrativa é para resgatar e promover a evolução da cultura histórica, política e literária desta terra:

1º – MANUEL LOPES DA CUNHA: Nascido em Penalva, na Fazenda Descanso, em 25.07.1855, filho de José Mariano da Cunha Magalhães, época em que este trabalhava na administração do Engenho de Sansapé, na companhia de Jesuítas e Escravos africanos. Formado em direito em Recife, foi nomeado promotor da comarca de Viana-MA., juiz, desembargador, presidente do Tribunal de Justiça e Governador do Maranhão, no período de Março a Novembro de 1.902. Entre outros, era irmão, mais novo, de Celso Magalhães, jurista, promotor e escritor, e pai de dois vianenses ilustres, Antônio Lopes da Cunha e Raimundo Lopes da Cunha.

2º-JOSÉ JOAQUIM MARQUES:

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“Com Amor, Alcione”: exposição celebra carreira da Marrom em São Luís (MA)

 

A Musa do Samba, Acione Nazaré

 

Após ser reverenciada ao longo de 2024 em comemoração aos seus 50 anos de carreira, chegou a vez de a cantora Alcione ser homenageada na terra natal dela, São Luís. A exposição Com Amor, Alcione faz um grande passeio pela trajetória da “Dama do Samba”, “A Voz do Samba” ou simplesmente da “Marrom”, desde o início da carreira, no Grêmio Lítero Recreativo Português, em São Luís, passando pelo amor pela cultura maranhense, pelo samba carioca e mostrando também o amor dela pela escola de samba Mangueira.

A mostra, aberta na noite de quarta-feira (12), no Centro Cultural Vale Maranhão, no centro histórico, traz, entre outras coisas, registros de apresentações em mais de 30 países, do cotidiano, das parcerias e rende uma justa homenagem à obra de uma das maiores vozes brasileiras. Continue lendo

O rangido dos carros de bois

O   transporte do Brasil colonial era à vela, as vias fluviais e a tração animal.

O carro de boi surgiu no Brasil com os primeiros engenhos de açúcar, foi trazido pelos portugueses na época da colonização. Era o carro de boi que mobilizava a maior parte do transporte terrestre durante os séculos XVI e XVII. Transportavam materiais de construção para o interior e voltavam para o litoral carregados de pau-brasil e produtos agrícolas produzidos nas lavouras interioranas. No Brasil colonial, além dos fretes, o carro de boi conduzia famílias de um povoado para outro; muitas vezes transformado em carro-fúnebre e os carreiros precisavam lubrificar os eixos com sebo de gado ou azeite de carrapato, para evitar a cantoria em hora imprópria. O som estridente, característico dos carros de bois, chamado de canto, lamento ou gemido, também faz parte da nossa cultura.

Nos primeiros tempos da colonização, além de manter em movimento a indústria açucareira, da roça para o engenho, o carro de boi transitava pelas cidades, sendo proibido mais tarde, ficando seu uso restrito ao meio rural. Contudo, em todos esses lugares, artesãos continuaram a construí-los e a aperfeiçoá-los e graças a essa gente, o carro de boi persiste na sua marcha pela história. O carro de boi pode ser puxado por uma, duas ou mais juntas ou parelhas. Cada junta possui dois bois, que trabalham um ao lado do outro, unidos pela canga.

Eu que fui criado sentindo o cheiro da cana, no Engenho de Sansapé, no município de Penalva-MA, pude ver esta lida acompanhando de perto a saída e chegada dos carros de bois, carregados de cana até o picadeiro do engenho. É com saudade que lembro dos carreiros e amigos, Zé Borges, Zé Cobrinha e outros. Era sempre no verão a época da moagem da cana-de-açúcar, os bois eram encangados e atrelados ao carro para transportar a cana, a palhada, a lenha e o açúcar, até o destino.

Em 1.955, com um pouco mais de cinco anos de idade, lembro-me da mudança da família para Penalva, uma viagem inesquecível aos olhos do menino atento que fui. O carro de boi que nos transportou, em forma de uma pequena casa, carregava os pertences, criações e até o meu carneiro de estimação. Biné era o seu nome!!!…

Este trabalho tem como objetivo incentivar os jovens a participar, valorizar e preservar a cultura popular e o patrimônio cultural que permeiam a sua própria história, aprendizagem, formação e expressão de ideias e opiniões. Ainda mais quando o cenário é, também, a Fazenda Sansapé, cuja história me inspira e honra, com muito orgulho.

 

FONTE:

INSTITUTO IVALDO
CASTELO BRANCO
“CARROS DE BOIS NOS
ENGENHOS”.
8 junho 02, 2021

 

Bacurau é contratado pelo Sampaio Corrêa


Antônio de Jesus da Silva Pereira ou simplesmente Bacurau, apelido que recebeu muito cedo nos campos de pelada, nasceu em 10-05-2003, em Penalva na Baixada Maranhense.É filho de Antônio da Conceição Pereira e Maria Domingas da Silva.Estudou no Santos Dumont e Caldas Marques em sua cidade natal.
Começou a jogar no seu bairro aos 8 anos de idade na escolinha de Lourival, um comerciante do Campo de Pouso, depois jogou nas de Mole-mole e Beto Reis.Jogou em times do seu bairro, disputou o penalvense 2023 pelo Catumbi sem ter podido disputar à decisão contra o Trizidela, em virtude de ter sido chamado para jogar em São Luís.
Na capital foi o destaque do São Luís Esporte Clube nas últimas duas edições da Segundinha Maranhense, marcando 10 gols em 16 partidas pelo Leão da Ilha.E teve, também, passagem pelo MAC.

Todavia, A diretoria do Sampaio Corrêa Futebol Clube, confirmou à assinatura de contrato do atacante, de 21 anos, já que o jogador realizou toda a pré-temporada com o grupo, e agradou à comissão técnica, que fez uma avaliação e o contratou para a temporada 2025.Penalva já revelou muitos atletas que atuaram em clubes de primeira divisão da capital São Luís, a exemplo do Célio Rodrigues, Maduro, Léo, Fuzuê, André Penalva e agora torceremos pelo sucesso de Bacurau.

André Penalva, um zagueiro goleador

André Penalva, um zagueiro versátil

André Lucas Matos Gama é filho de Raimundo Marcelino Gama ( Mundico Gama), e Darialva Matos, nasceu em Penalva e desde muito cedo, já demonstrava ter habilidade com a bola jogando em sua cidade natal, mas logo percebeu que poderia ir mais longe para desenvolver o seu futebol e correr atrás de seus sonhos: queria jogar em grandes equipes de futebol.E em 2012, ingressou no JV Lideral Futebol Clube Sub -18 de Imperatriz.E logo se autointitulou de “André Penalva” por amor à sua cidade natal e passou a ser chamado pela mídia esportiva por esse cognome.

Em 2013, passou para a o Sub-19. André disputou a Copa São Paulo formada somente por jogadores abaixo de 19 anos onde foi campeão.
2014 – Imperatriz e JV Lideral
2015 – Ingressou no Marília Futebol Futebol Clube e pela Sociedade Imperatriz de Desporto( cavalo de aço), onde foi campeão.
2016 – Sampaio Corrêa de São Luís.
2017 – Vestiu a camisa do Papão do Norte, Moto Clube de São Luís e no Imperatriz.
2018 – Chapadinha e Imperatriz.
2019 – Chapadinha, Moto e Imperatriz.
2020 – Ríver-PI, Moto Clube, Imperatriz e Kazma – SC.
2021 – Moto e Boa Esporte de MG
2022 – Icasa, Itabaiana e Sintra Clube.
2023 – Imperatriz, Nacional-PB e Sergipe.
2024 – Barra SE, Sergipe e River do Piauí.

André é o atleta penalvense que mais atuou em clubes do Brasil, com uma boa passagem pelo FK Makedonija da Macedônia.

André Penalva foi eleito o melhor Zagueiro 2O24 em Sergipe

A Federação Sergipana de Futebol (FSF) elegeu André Penalva o melhor zagueiro do Campeonato Sergipano de 2024, em um evento realizado na sede social do Cotinguiba Esporte Clube, em Aracaju.
Atualmente, o atleta encontra-se de retorno ao Imperatriz – Cavalo de Aço para a temporada 2025.

Prefeito de Penalva Guerra anunciou à contrução de um centro de convenções

Prédio abandonado em ruínas e cheio de parafernálias, mato e muita sujeira, agora será utilizado para uma necessária finalidade.Pois, a menos de uma semana de sua posse, o prefeito de Penalva eleito Guerra com essa determinação, aponta que vai trabalhar por Penalva dando continuidado ao grande trabalho realizado pelo ex-prefeito Ronildo Campos e já anunciou que nessa local será construído um moderno centro de convenções, climatizado, para eventos do município e demais demandas, dando mais notoriedade a esse local tão belo e cultural localizado no Beira-mar.

Rua Maria Amália Cunha no Beira-mar

” Atendendo ao nosso pedido o governador Brandão já nos garantiu que interligará Santa Inês e Monção a Penalva tirando-nos  definitivamente do isolamento entre várias cidades dessa região. E já temos ajuda do Ministro André Fufuca destinada para perfuração de poços acabando com o problema da falta  dágua nos bairros da nossa cidade” finaliza Guerra com ares de que quem vai fazer muito por Penalva em conformidade com o seu slogan de gestão: ” Mais trabalho,  mais conquistas.”

A Casa Branca das Lajes

Jonas e sua esposa  Joana Aragão (Noquinha).
Foto cedida gentilmente por Isac Aragão.

Jonas Cutrim Aragão, foi casado com Joana Cutrim Aragão ( eram primos legítimos) , com a qual teve 10 filhos. Aragão, foi um camponês versátil, pescava, tinha grandes cascos para essa atividade,   fazia roça, criava pato, galinha, ganhava o sustento de sua família com o seu árduo trabalho no campo, à base da  policultura, porém, com muita dignidade.

Jonas Aragão

Oriundo do povoado Alegre São João Batista( Lago do Coqueiro) , um dia foi visitar os irmãos de sua esposa que já tinham vindo morar em Penalva – o seu Itamar Cutrim, Inácio Cutrim e Jaime Cutrim que moravam no Sertãozinho, à procura de um pasto melhor para a sua criação foi quando ele se deparou com um local belo e farto propício para alimentar o seu rebanho bovino. E passou a trazê-lo até  comprar a Fazenda Lajes, primeiramente pertencente a Raimundo Marcelino Gama, avô de Mundico Gama, depois do seu pai. José Ribamar Freire Gama ( Zé Gama), e este por sua vez vendeu a Jonas Aragão e muitos anos depois  com à sua morte, o seu filho Adiel  Cutrim Aragão que fez à compra amigável dentro da família tendo vendido depois para para seu primo Ivaldo Aragão Gomes que depois vendeu a Jeferson Luis George Costa Gama que, antes de sua morte, vendeu ao seu irmão José Ribamar Gama Jr.( Zé Boi), o qual tempos depois vendeu para Edésio Rodrigues Doninices ( Desão) ,  o qual vendeu para seu Didi, já falecido, ficando hoje em poder da viúva Tomásia e seus filhos. Mas quando Jonas comprou as terras das Lajes, morou inicialmente em uma casa que já estava construída. Mas Jonas queria  uma do seu jeito e, para isso, trouxe do Alegre homens especializados em fazer de assoalho de madeira ao lado esquerdo da que já existia para poder morar.Foi a primeira casa de fazenda de Penalva construida de alvenaria por Jonas Aragão. E durante os anos a casa foi sendo reformada sem perder a originalidade.

A Casa Branca das Lajes

E então ela ficou muito bela, a qual fez parte da história sentimental de várias gerações dos Cutrim e Aragão que nasceram nessas terras, cresceram, trabalharam, estudaram e se estabilizaram em diversas profissões e guardam exímias lembranças  desse tempo.

Casa Branca das Lajes e alguns da grande familia Cutrim Aragão.

Dalva Aragão , filha de Lindonor Cutrim Aragão (Lili) e do nosso grande goleiro Lobé, é a neta mais velha de Jonas Aragão, conta que seu pai um dia roubou Dona Lili em uma época que era emocionante roubar uma mulher da casa dos seus pais( termo usado antigamente para designar um  casamento).E para isso, Lobé pediu para seu amigo  Caco Velho e outro companheiro irem até às Lajes tarde da noite de canoa buscar Lindonor, tudo combinando, pois, Lobé  estava esperando-a na maior adrenalina na casa da tia de Dalva de nome Madalena  que já sabia de tudo e morava na Praia do Zé Martins, nas imediações do hoje comércio e residência do Piçarra.O Jonas quando soube ficou bravo, pois, sua filha teria que se casar com um crente, sendo Lobé jogador de futebol, gostava de festas, não daria certo, mas aos poucos, Jonas foi se acalmando.E  essa união durou 71 anos até à morte primeiro de Lobé depois de Lindonor em 15.11.2024.

A Casa Branca das Lages como antigamente.

Dalva ainda recorda à sua infância feliz vendo e aprendendo o plantio na roça, à casa de farinha, o mangal , um bom poço, lembra de quando Jonas oferecia leite do seu gado com farinha d’água às suas quebradeiras de coco antes de seguirem até ao palmeiral para a coleta do coco a ser quebrado manualmente, utilizando um machado e uma manceta.Essas mulheres lutadoras sentavam-se no chão em forma de um círculo, cantavam, entre uma conversa e outra, contavam histórias, seguravam o fruto sobre a lâmina de um machado afiado e batiam com força até separar a amêndoa, sob o canto da passarada e à sinfonia dos ventos embalando às folhas das palmeiras.Isso no mato é muito comum e bonito nos povoados da nossa região.

Jeane Aragão

Só lamento à demolição da Casa Branca das Lajes, quando poderiam ter feito uma restauração no mesmo padrão da casa primitiva mantendo o mais belo cartão postal das Lajes em evidência.

Os apaixonantes campos do Sertãozinho

Agradecimentos:

Professora Marília Aragão.

Jeazi Aragão

Dalva Mendes Gonçalves

Raimundo Marcelino Gama Neto  (Mundico Gama).