
Foto cedida por Eliza Muniz
No dia 3 de outubro de 1955, Cavour enfrenta Aquino Mendes nas urnas e saiu vitorioso, mas não pôde logo assumir. E na instalação da Câmara Municipal para o quadriênio 1956/1960, contou com os seguintes vereadores eleitos:José Lemos da Costa ( Zé Serejo), José de Sá Leite ( Zezico), Antônio Mendes, Faustino Aires, Conceição Lobato (curandeiro), Cosmo Dequeixes, Vitorino Campos, Adney Maciel ( filho de Cavour) e Osiel Matos.E para os trabalhos da mesa diretora foi indicado por seus pares o vereador José Lemos da Costa e, devido aos conflitos existentes entre essas duas correntes políticas, o Presidente da Câmara recém empossado, renunciou ao posto, assumindo em seu lugar o vice Antônio Mendes que, diante da vacância, do cargo de prefeito, assumiu as rédeas da administração municipal durante o ano de 1956 e parte de 1957, período correspondente à tramitação e julgamento do recurso impetrado junto ao TRE por seu adversário no pleito de 3.10.55, Aquino Mendes, alegando fraude na 12ª seção do povoado Santo Antônio que após uma revisão da Justiça eleitoral em 16.10.56, houve fraude escancarado , apelando, ainda, para a anulação de outras seções que após julgado em transitado pela justiça, Cavour venceu com uma diferença de 140 votos.E quando chegou a ordem do Presidente do Tribunal Eleitoral ao Juiz de Direito da Comarca Nirond Jansen Pereira para dar posse ao prefeito eleito aconteceu que o Sr. Antonio Mendes, estrategicamente sumiu da cidade com a chave e os livros da Prefeitura; pressionado pelos opositores, o Juiz de Direito Nirond Jansen Pereira, dificultava as negociações obedecendo às orientações vitorinistas, alegando que não poderia dar posse ao novo mandatário, sem a presença do desaparecido prefeito em exercício Antônio Mendes.

Caligrafia de Cavour afixada na capela de cemitério a uma comadre e amiga falecida em Penalva. Foto cedida por Elisa Muniz
Entretanto, nessa época chegam a Penalva os Deputados José Sarney e José Mário de Araújo que, hospedados na casa de Cavour e permaneceram na cidade durante uma semana à espera da decisão Judicial.O Dr. Nirond Jansen Pereira continuava irredutível na questão de dar posse ao Cavour, mas se o tribunal autorizasse o arrombamento da Prefeitura mediante a vinda de reforço policial, seria mais seguro.Foi solicitado o reforço policial, aumentando, assim, o clima de tensão e o nervosismo generalizado que tomou de conta da cidade que ficou sob a custódia de um enorme aparato policial.O Presidente do TRE , que era pai do então deputado José Sarney, autorizou por fim, o arrombamento da prefeitura com descarga barulhenta de fuzis no portão de entrada reverberando em toda cidade, pelo Capitão Bartolomeu e seus comandados, também já com aceitação do Dr. Nirond Jansen Pereira que, em seguida deu posse ao novo Prefeito Cavour Rochandrade.Ao assumir, o primeiro ato de Rochandrade foi nomear uma comissão para levantar os bens encontrados na prefeitura.Cavour Maciel tem o seu nome dado a uma rua aqui em Penalva merecidamente. Foi um homem santo, e ainda dividia o que tinha com os pobres, peregrinando por toda cidade, levando remédios, aplicando injeção aos pobres que precisavam. Morava onde hoje em dia é a casa paroquial.

Nesso local hoje é o Hotel São José construído muito depois da mudança da Igreja para outro local.
Para o seu tempo, foi um bom prefeito, interessado em resolver os problemas da cidade, com poucos recursos, pedia constantemente verbas federais para realizar importantes obras para Penalva naquele momento, como a abertura de um canal no Tramaúba e a construção de uma barragem no Araçatuba entre Penalva e Viana, além de outras tão sonhadas realizações.
” Foi o homem mais honesto e humanitário que encontrei até hoje” citou Bento Mendes em seu livro famoso ” Terra Batida ‘.
A história política de Penalva , não foi feita somente por pessoas que nasceram nesta cidade, mas também, por muitos que ganharam simpatia popular e que tiveram comprometimento com o povo baixadeiro e deixaram seus legados como legítimos filhos de Penalva. Alguns prefeitos eleitos pelo povo que não nasceram em Penalva: Roberto Mendes(1993-1996); Cavour Maciel (1956-1960); Zé Gonçalves (1973-1976); Zé Gonçalves (1983-1988); Vale ressaltar que, teve também, vereadores eleitos pelo povo que também não nasceram neste lugar, como: Zé Gonçalves( foi vereador e presidente da Câmara em 1972), Zé Maia, Tomaz de Aquino, Doroteu Ricardo Viegas, Edgerson Brito, Mairi Gonçalves, Abimael Lopes, Natália Rodrigues, Silvano Sousa, Zé Gonçalves, Samuel Veloso, Natália Rodrigues, Pierre Teixeira ( veio na sua infância para Penalva) , além de outros. Chamá-los de forasteiros, paraquedistas, seria externar ódio, usar termos pejorativos, preconceituosos, que não cabem mais em nosso contexto social; basta percorrermos aos anais da história política do Maranhão, lembraremos do paraibano Epitácio Cafeteira que adotou São Luís, foi prefeito, governador e ajudou muito o Maranhão a crescer.



Quando ainda jovem, nos idos dos anos 70, estudante do Ginásio Celso Magalhães,em Penalva, o meu pai conversou com o então ourives, o Sr. João Amado Nunes Fonseca, para me ensinar o ofício de ourives/relojoeiro. E, aos poucos, fui aprendendo a manusear os laminadores, as ferramentas da oficina,como soldar, consertar relógios, fazer joias, etc. O meu mestre, João Fonseca, além de ourives, foi vereador em quatro legislaturas, também tendo sido vice-prefeito no segundo mandato do ex-prefeito José Duarte Gonçalves (1983-1988). Lembro-me que, quando em vida, ele tinha como tradição, soltar balão no dia 24 de junho de cada ano, em frente à sua residência. Confira em vídeo publicado neste blog.

A história de vida de Luana, foi marcada por muitas dificuldades e desafios. Nasceu em Uruçuí no Piauí, em 03.01.86, cidade essa que faz divisa com São Domingos do Azeitão, a mais próxima que dispunha de recursos para que sua mãe pudesse lhe dar a luz, já que nessa época, sua cidade não tinha um hospital. Filha de lavradores, Raimundo Pinto de Morais e Rita Martins de Morais, filha caçula de uma prole de 12 irmãos, todos ainda vivos. Aprendeu as primeiras letras em sua terra natal até aos dezessete anos, quando partiu para São Luis em busca de melhores oportunidades, como,estudar e trabalhar.Estudou em escola pública até completar o ensino médio.Ingressou na Faculdade em 2006, onde formou-se em administração em 2009.


Muitos moradores que fixaram moradias inicialmente em Penalva não nasceram aqui, mas que vieram para cá atraídos pelo solo fértil e à procura de riquezas naturais, a exemplo dos nossos colonizadores portugueses.Os padres Jesuitas pertencentes à Companhia de Jesus estiveram na região a partir do século XVlll, inicialmente no São Brás até chegarem na boca do lago onde teve início a Vila de Penalva.

