A lenda de Luana do Formoso

A ilha do Formoso, localizada em Penalva, Maranhão, é um lugar de rara beleza, com suas águas cristalinas, frias e sugestivas a um delicioso banho. Aqui vai uma história inspirada nesse paraíso:Era uma vez, em uma pequena vila próxima à ilha do Formoso, uma jovem chamada Luana. Ela sempre se sentiu atraída pelo lago e pela magia que emanava da ilha. Conta-se que Luana tinha um dom especial: podia comunicar-se com os animais da ilha, dos lagos e rios.Certo dia, enquanto caminhava pela orla lacustre, Luana encontrou um velho pescador que lhe contou sobre uma lenda antiga da ilha. Segundo a lenda, a ilha do Formoso era habitada por uma deusa do lago, que protegia os animais e os pescadores que a respeitavam.Intrigada, Luana decidiu visitar a ilha para descobrir mais sobre a deusa. Ao chegar lá, ela encontrou uma estátua antiga escondida no aterrado. Ao tocar a estátua, Luana sentiu uma energia poderosa e ouviu a voz da deusa em sua mente.A deusa lhe revelou que a ilha estava em perigo, pois a poluição e a destruição do habitat ameaçavam a vida no lago. Luana se ofereceu para ajudar e, com a orientação da deusa, começou a trabalhar para proteger a ilha e seus habitantes.

Com o tempo, Luana se tornou uma guardiã da ilha, protegendo-a da destruição e promovendo a conscientização sobre a importância da preservação ambiental. E a ilha do Formoso continuou a ser um santuário de beleza e vida, graças à dedicação de Luana e à magia da deusa do lago.E assim, a lenda de Luana e da ilha do Formoso foi passada de geração em geração, inspirando outros a proteger e preservar os tesouros naturais do Maranhão.

 

Fonte: Atribuída à tradição oral da região.

Celso Magalhães, um Promotor por excelência

Celso Tertuliano da Cunha Magalhães Bico de Pera de Luigi Dovera.

Descanso, 11 de novembro de 1849, nasceu Celso da Cunha Magalhães, na época o povoado pertencia a freguesia São José de Penalva distrito de Viana e faleceu no dia 09 de junho de 1879, segundo o livro Poesia Popular Brasileira na página 7, à Rua das Hortas num sobrado, n° 23 atual. Ainda é posssivel se localizar no Descanso o local da casa onde Celso nasceu. Formou-se em Direito pela Faculdade de Recife.Teve interesse pelo estudo do folclore como ciência, fato esse desprezível e sem valor para os intelectuais de sua época. Foi poeta,escritor de uma diversidade de gêneros. É Patrono da Cadeira de número 5 da Academia Maranhense de Letras. Começou sua carreira de folclorista produzindo artigos sobre a tradição oral de origem portuguesa quando ainda era estudante de Direito, que foram publicados em 1873 sob o título “A Poesia Popular Brasileira” no jornal acadêmico O Trabalho, de Recife, versando sobre uma multiplicidade de temas do folclore. Os dez artigos foram republicados em outros jornais e o autor tinha planos de reuní-los em um livro, mas os manuscritos se perderam e com eles significativa quantidade de material inédito igualmente desapareceu.O seu primeiro trabalho ficcional foi a novela “Ela Por Ela”, que apareceu no jornal O País em 1870, à qual se seguiram outras obras de ficção, como o romance “Um Estudo de Temperamento” (1870) e a novela “Pelo Correio” (1873). No campo do teatro deixou um esboço incompleto intitulado “O Processo Valadares” (1873) e o drama perdido O “Padre Estanislau”, além de prefácios para peças alheias e coletâneas de crônicas teatrais.

Foto da Anna Rosa Viana Ribeiro a Baronesa de Grajaú

Celso da Cunha já em São Luís, teve a bravura de fazer sentar no banco de ré Anna Rosa Viana Ribeiro, casada com o médico e político liberal Carlos Fernando Ribeiro, rica dama escravagista da sociedade de São  Luís do século XIX por maus-tratos até à morte em 27 de outubro de 1876 do escravinho Inocêncio  de apenas 8 anos.Ela foi presa algumas semanas até  o dia do julgamento e processada por Celso da Cunha.A cruel homicida  acabou sendo absolvida escandalosamente pelo conselho de sentença formado por pessoas brancas, fazendeiros, comerciantes, oficiais; senhoras da época trajando roupas pretas assistiam ao  julgamente tristemente aos prantos e revolta por causa da repercussão e comoção no dia do Júri. Em uma ocasião, para se ter ideia de sua brutalidade, ordenou que todos os dentes de uma mulher escravizada, Militina, fossem arrancados apenas por ela sorrir para seu marido.


 

O Julgamento em 22 de fevereiro de 1877

“Perante as Leis do nosso processo não é o escravo pessoa miserável e, como tal, não está sob à proteção do Ministério Público”?

Celso Magalhães ainda apelou  ao Superior Tribunal da Relação sem sucesso e esse horrendo crime ficou impune. E ainda foi demitido severamente pelo Barão de Grajaú quando este assumiu à presidência da Província a partir de 28 de março de 1878, tendo ele ficado muito deprimido  e acabou falecendo em 1879 com apenas 30 anos de idade supostamente para alguns escritores, acometido de uma febre perniciosa que assolou o Maranhão nessa época.Foi um fervoroso abolicionista a ponto de libertar os escravos da fazenda de seu pai.Contudo, deixou um legado incomum ao Ministério Público do Maranhão.

O sobrado que pertenceu à família Ribeiro com gravura de uma flor vermelha supostamente ironizando a Celso da Cunha Magalhães.

Celso Magalhães foi um servo do cumprimento de seu dever.Usava na botoeira do seu paletó uma flor vermelha, lágrima de sangue, que por muito tempo seus ccontemporâneos do meio jurídico chamavam ” A flor de Celso”.Era ossudo, móvel, falador e um exímio orador.Em Penalva, Viana e São Luís existem ruas homenageando o seu nome.

Na avenida prof. Carlos Cunha em São luis tem o Edifício Promotor Celso Magalhães. Esta é apenas uma exclamação diante das 833 páginas, contidas nos Autos do Processo do Crime da Baronesa de Grajaú entre 1876-1877, desse célebre penalvense por Excelência , chamado Promotor Celso Tertuliano da Cunha Magalhães.